“A compreensão do coletivo como fortalecimento de objetivos e potenciais, além da dissolução de problemas e divisão de etapas e mão de obra de trabalho, sem que com isso o individual se dilua, é o próprio desafio do homem global e sua prática na cultura contemporânea. Não se trata de massificação igualitária e utópica, mas igualdade de condições e possibilidades geradoras. É o coletivo que afirma a individualidade e a potencializa em direção a uma relação aberta com o mundo.”
Trecho do Manifesto Horizonte Nômade
*Texto de Flavia Vivacqua
Coletivo não é apenas um grupo. Digamos que ‘grupo’ está contido no conceito de coletivo, que são as novas formas de organização de processos colaborativos, que carregam uma maneira consciente de relação transparente e participativa que se realiza na ação.
Os participantes dos coletivos, se integram por afinidades ou complementariedade, colaborando conscientemente com suas diferentes sabedorias por uma idéia em comum, sendo cada vez mais multidisciplinares. Sempre aperfeiçoando e criando novos métodos de colaboração conjunta, reconhecendo e aplicando suas potencias positivas e experimentais.
Os coletivos de arte tendem a se aglutinarem em prática-política-estética, junto a outras organizações sociais, sendo cada vez mais interdisciplinares.
Olhar a arte pelo processo colaborativo é ampliar os limites transformadores da linguagem e da experiência, seus campos de atuação e suas intersecções com os outros territórios do conhecimento, uma espécie de filosofia-prática.
A arte, fortalecida no coletivo, pode ter seu potencial amplificado e mais amplamente difundido. Já que mais informação, mais conhecimento, mais experiências circulam… para uma projeção intervencional construtiva da realidade.
Ocupações são ações realizadas para um Contexto Específico… é importante perceber que essas qualidade de ações artísticas se dão em sua grande maioria nos espaços públicos, assumindo a prática-político-estética como natureza do trabalho artístico coletivo e colaborativo.
*Texto de Flavia Vivacqua, publicado originalmente no site CORO – Coletivos em Redes e Organizações