Publicado pelo Poro, o “Pequeno Guia Afetivo da Comida de Rua de Salvador” será lançado em Salvador no dia 19/8 (terça), dentro da programação da Esteio Galeria, na 3ªBienal da Bahia, e em São Paulo dias 23 e 24/8 (sábado e domingo) na Feira Tijuana de Arte Impressa. Estão todos convidados!
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Uma amostra da publicação, só para dar um gostinho:
Sobre o Livro
A comida de rua em Salvador está nas esquinas, calçadas, praças e largos. Povoa a memória, estabelece encontros, resiste aos esforços de ordem, controle e padronização que se apresentam sobre a cidade. Ela está nos carrinhos, tabuleiros, bicicletas, bancas e cestos. Em pontos fixos dos bairros onde pode ser encontrada cotidianamente, ou com vendedores ambulantes que tangenciam o caminho dos passantes. Tem comida de rua pra qualquer hora do dia. Seja para um café da manhã reforçado, para merenda (lanches ao longo do dia), para almoço ou para matar a fome no meio da madrugada. A diversidade é enorme. As delícias são muitas. Um universo inteiro a ser experimentado.
O Guia não pretende esgotar o tema da comida de rua de Salvador, mas sim reunir uma amostra de toda a variedade que se pode encontrar percorrendo a cidade. É um recorte, fruto de mapeamento afetivo realizado a partir de inúmeras caminhadas pela cidade. Entre as comidas de rua abordadas no Guia estão: Abará, Acaçá, Acarajé, Água de Coco, Aipim, Amendoim Cozido, Arrumadinho, Bala de Coco, Banana Real, Beiju, Biscoito de Goma, Bolinho de Estudante, Bolos, Rolete de Cana, Caruru, Castanha de Caju, Cocada, Cuscuz, Escondidinho, Espetinho, Feijão & Feijoada, Frigideira de Maturi, Frutas, Geladinho, Licores, Limonada com Água de Coco, Lelê, Maniçoba, Milho, Mingaus, Mungunzá & Canjica, Nego Bom, Pamonha de Carimã & Pé de Moleque, Pamonha de Milho, Passarinha, Picolé, Quebra-Queixo, Queijo Coalho, Caldo de Sururu, Taboca e Vatapá.
Numa mistura entre glossário e dicionário informal, o guia busca contar um pouco de como a origem das palavras se mistura à origem dos ingredientes e dos modos de fazer. Palavras de línguas como o tupi-guarani, ioruba, jeje, quimbundo, árabe e latim se juntaram a jogos de palavra do português para batizar essas comidas, que se perpetuaram como formas de mesclar culturas.
Na maior parte das vezes, a comida de rua de Salvador é produzida de forma artesanal e em pequena escala. Só isso já seria motivo para valorizá-la, mas existem ainda muitas outra razões, como a qualidade e a importância cultural de sua produção. Alguns dos produtores estão há mais de 20 anos fazendo e vendendo seus quitutes. Estabelecem uma relação direta com sua clientela, seja ela ocasional ou cativa. Um conjunto de valores, tradições, saberes, identidades, escolhas e formas de viver estão impressos em cada comida. O Guia é um convite para que todos se lancem pela cidade, experimentando e descobrindo as possibilidades e sabores presentes no espaço urbano de Salvador.
Sobre o Poro
Poro é uma dupla de artistas formada por Brígida Campbell e Marcelo Terça-Nada! Atua desde 2002 com a realização de intervenções urbanas e ações efêmeras que tentam levantar questões e outros olhares sobre as cidades através de trabalhos gráficos e ocupações poéticas e críticas dos espaços. O Poro busca apontar sutilezas e criar imagens poéticas. Faz instalações em contextos e lugares específicos, se apropria de meios de comunicação popular para realizar trabalhos e reivindica a cidade como espaço para a arte. O Poro publicou os livros “Intervalo, respiro, pequenos deslocamentos”, “Manifesto”, “Anexo de textos”, “Desvios no Discurso” e “Brasília (Cidade) [Estacionamento] (Parque) [Condomínio]”.
Serviço:
Lançamento do Pequeno Guia Afetivo da Comida de Rua de Salvador
Publicação do Poro
Salvador
Esteio Galeria // 3ª Bienal da Bahia
19 de agosto, às 18h
Pátio externo da Escola de Belas Artes da UFBA, Rua Araújo Pinho, 212,
Canela, Salvador – BA
São Paulo
6ª FEIRA TIJUANA DE ARTE IMPRESSA // CASA DO POVO
rua Três Rios, 252, Bom Retiro, São Paulo – SP
23 e 24 de agosto, das 12h às 20h
Ficha Técnica:
Formato: De bolso (10x15cm), 64 páginas
Concepção, realização e projeto gráfico: Poro
Pesquisa e texto: Marcelo Terça-Nada!
Ilustrações: Brígida Campbell
Esta publicação é parte do projeto Galeria Esteio que integra a 3ª Bienal da Bahia